Macae Turismo

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domingo, 30 de maio de 2010

Quatro maneiras de explorar a Estrada Real

Com construções coloniais, joias da arte mineira e muita natureza, os mais de 1.600 quilômetros da Estrada Real ajudam a recontar a história do Brasil e formam um dos caminhos mais adorados pelos praticantes de turismo de aventura

Considerada um dos maiores complexos turísticos do Brasil, a Estrada Realcomeçou a ser construída no século 17 como uma forma de facilitar o transporte do ouro de Minas Gerais até o litoral. Séculos depois, a rota se tornou destino popular entre viajantes que querem um roteiro histórico sem abrir mão de uma boa dose de adrenalina.
Com mais de 1.600 quilômetros, a estrada é composta por quatro rotas. A primeira, chamada de Caminho Velho, liga Ouro Preto a Paraty. A pedido da Coroa portuguesa, uma segunda via foi aberta no século 18, tendo como ponto final o porto da cidade de Magé, também no Rio de Janeiro. Ela foi batizada deCaminho Novo.
Algum tempo depois, a descoberta de pedras preciosas em Diamantina fez com que a rota fosse ampliada, transformando Ouro Preto no ponto central da estrada e dando origem ao chamado Caminho dos Diamantes. A quarta rota, menor e mais jovem, liga o Caminho Velho ao Novo e recebeu o nome deCaminho do Sabarabuçu.
Como percorrer
Uma das formas de percorrer a Estrada Real é de bicicleta
Antes de embarcar na aventura, não basta escolher por onde ir: é preciso escolher como ir, já que a Estrada Real pode ser percorrida de carro, bicicleta, a cavalo ou até mesmo a pé.
Independente da maneira que decida se aventurar, o viajante pode ter certeza de que não será fácil: enquanto alguns trechos são impossíveis de se cruzar de carro, outros castigam quem decide caminhar ou pedalar.
Por isso, planejamento é fundamental. Carros com tração 4X4 são fundamentais para a trilha. Além disso, o apoio de um aparelho de GPS facilita a jornada. Os ciclistas não podem descuidar da segurança: capacete e outros itens de proteção são imprescindíveis.
Quem optar pela cavalgada não pode esquecer que seu meio de transporte também é vivo: hidrate o animal regularmente e fique atento a trechos mais arriscados. Por fim, quem quiser encarar as trilhas deve estar com o preparo físico em dia, pois o caminho é rigoroso.
Algumas dicas servem para todos os exploradores: saia de casa com ahospedagem garantida, pois algumas cidades possuem poucas opções. Por segurança, tenha à mão um telefone celular com bateria, já que alguns trechos são longos e pouco movimentados.

Os quatro caminhos da Estrada Real
Decidido o meio de transporte, basta decidir o caminho a ser percorrido. Emolduradas por uma paisagem de tirar o fôlego, as quatro rotas oferecem opções de aventura e passeios históricos, basta escolher a que mais lhe interessar:
Estrada Real: Caminho Velho
Conheça os principais atrativos turísticos da primeira estrada construída para ligar o interior mineiro ao litoral do Rio de Janeiro
Primeira rota estabelecida entre o interior de Minas e o litoral, o Caminho Velho sai de Ouro Preto em direção a Paraty. Com 630 quilômetros, a estrada passa por 38 cidades de grande diversidade cultural e histórica.
Ouro Preto é o ponto inicial do Caminho Velho
Cidade mais importante do ciclo do ouro do Brasil, Ouro Preto é repleta deconstruções históricas, com destaque para as igrejas e suas obras barrocas. Para completar, o Parque Estadual do Itacolomi brinda o turista com as belezas da Mata Atlântica.
Em Cachoeira do Campo, a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré impressiona com seu altar folheado a ouro, construído no século 18. A cidade ainda tem como atrativo seu tradicional artesanato feito em pedra sabão.
Visita obrigatória em Congonhas, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos fica no centro da cidade. Considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, a construção reúne uma série de obras de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Ao chegar em Entre Rios de Minas, não deixe de conhecer as ruínas da Pedra do Gambá. Para aproveitar melhor o passeio, conte com a ajuda de um guia local, já que o lugar fica a cerca de 12 quilômetros do centro da cidade. Fique de olho também em Vitoriano Veloso, pequeno vilarejo conhecido como Bichinho e que tem uma série de ateliês de artistas.
Em Tiradentes, o passeio de maria-fumaça é um dos destaques

Além da arte sacra (não deixe de visitar a Igreja de Santo Antônio), Tiradentestambém é o lugar certo para provar o melhor da comida mineira. Já em São João del Rey, o centro histórico reúne exemplares arquitetônicos de diferentes épocas.
Quem procura um pouco mais de adrenalina deve parar em Carrancas, que tem várias cachoeiras e serras ótimas para prática de esportes radicais. Em Caxambu, o Parque das Águas é um ótimo programa para quem quer algo mais calmo. Com doze fontes, o parque é considerado um dos balneários mais completos do País. Ainda no Circuito das Águas, São Lourenço atrai turistas com suas fontes medicinais.
Em Cunha, o destaque fica para os muitos ateliês de cerâmica e suas lindas peças. Continuando em direção ao litoral, as cachoeiras do Desterro, do Mato Limpo e do Pimenta são bons passeios, apesar de só a última ter estrutura para receber turistas.

Um dos últimos marcos da Estrada Real antes de Paraty, a Igreja da Penha dá acesso à trilha do Caminho do Ouro. Se ainda tiver disposição, contrate um guia da região e desbrave a rota. Uma vez em Paraty, visite o centro histórico para os últimos marcos da trilha (o Chafariz do Pedreira servia como marco inicial da viagem para Minas Gerais no período colonial).

Estrada Real: Caminho Novo
Conheça os destaques do segundo caminho criado para ligar o interior de Minas ao litoral do Rio durante o período das minerações

Com 515 quilômetros de extensão, o Caminho Novo é o trajeto mais jovem da Estrada Real. Mas isso não significa que ele seja recente: sua construção, iniciada em 1698, foi terminada em 1725, abrindo uma nova ligação entre Minas e o litoral.


Em Ouro Preto, a Igreja do Pilar é um dos pontos de visitação

Entre Ouro Preto e o Porto de Estrela, em Magé (RJ), os atrativos turísticos são muitos. Logo no começo da trajetória, no Parque Estadual do Itacolomi, a Fazenda São José do Manso apresenta uma exposição permanente sobre os viajantes naturalistas, imperdível para quem é ligado em história brasileira.
Não deixe de reparar nas centenárias pontes de pedra no caminho entre Lavras Novas e Itatiaia. Uma vez em Itatiaia, visite a igreja em homenagem aSanto Antônio, construída no século 18.
Vale a pena desviar-se um pouco do caminho para visitar o mirante da Capela de Nossa Senhora Aparecida. A 1.550 metros de altitude, o lugar permite uma vista inesquecível do Lago Soledade e das cidades de Ouro Branco,Congonhas e Conselheiro Lafaiete.
A grande atração de Ouro Branco é a Igreja Matriz de Santo Antônio, com as pinturas barrocas do Mestre Ataíde. As obras de Ataíde ainda podem ser vistas na capela de Nossa Senhora da Glória, no distrito de Ressaca.
Na região de Carandaí, os casarões históricos do Circuito Villas e Fazendas pedem uma visita (ou mesmo um pernoite, já que muitos deles se transformaram em deliciosos hotéis-fazendas).
O caminho de Ouro Branco a Conselheiro Lafaiete é marcado por histórias que envolvem o inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Mais à frente, em Barbacena, as igrejas e casas coloniais ajudam a recontar aInconfidência Mineira. Outro povoado que marca a história mineira é Inconfidência: um museu localizado na igreja Nossa Senhora de Sant’Ana de Sebollas apresenta objetos de Tiradentes e restos mortais do inconfidente.
Com o passar dos anos, alguns trechos da Estrada Real tiveram de ser reconstruídos. No entanto, é possível encontrar vestígios originais do caminho, como os túneis usados como esconderijo de ataques indígenas. Eles estão abaixo da Capela do Rosário, na cidade de Matias Barbosa.
Mais fazendas centenárias deste caminho que valem a visita: Borda do Campo, na cidade de Antonio Carlos, foi casa de Garcia Rodrigues, um dos responsáveis pela abertura do Caminho Novo e a Fazenda Cabangu, onde nasceu Santos Dumont e que hoje guarda um museu em homenagem ao aviador.
Na cidade de Paraíba do Sul, as atrações ficam por conta das fontes medicinais do Parque das Águas Salutares. Em Lima Duarte, o Parque Estadual do Ibitipoca é uma boa opção para quem busca a prática de esportes radicais. Já em Itaipava, o castelo do Barão J. Smith, de 1920, é um deslumbre: com 42 cômodos, o lugar tem luxuosos salões e é ótimo exemplar do poder que tinha a elite mineira no começo do século 20.


Em Petrópolis, as opções agradam todos os tipos de turistas: os que preferem atividades mais radicais, podem conhecer as belezas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Já os que buscam passeios mais calmos, podem conhecer mais da história brasileira visitando o Museu Imperial, o Palácio de Cristal e o Palácio da Princesa Isabel.
Mais história pode ser vista pouco à frente, na região da Vila da Estrela, em Magé: a Casa das Três Portas (uma antiga cadeia), a Igreja de Nossa Senhora da Estrela dos Mares e o porto são bons pontos de visita.


Estrada Real: Caminho do Sabarabuçu
Conheça os destaques do menor e mais jovem trajeto da Estrada Real, rota alternativa que liga o Caminho Velho ao Caminho dos Diamantes
Para ligar o Caminho Velho ao Caminho dos Diamantes, os exploradores criaram a menor das rotas da Estrada Real. Batizado a partir doPico de Sabarabuçu, o trajeto margeia o rio das Velhas e passa por quatro municípios mineiros.
A jornada começa no vilarejo de Cocais, no Caminho dos Diamantes. Suascachoeiras e casarões antigos agradam tanto os viajantes que estão atrás de aventura quanto os que querem um passeio histórico.
Em Caeté, a igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso é destaque: criada em 1764, a construção é de autoria de Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho. Outra igreja que merece a visita no percurso é a de Nossa Senhora de Nazaré, no município de Morro Alto.
Igrejas e casarões históricos são as grandes atrações do caminho
Os interessados em história brasileira devem investir um bom tempo em Sabará, um dos primeiros povoados criados em Minas Gerais. Lá, as construções históricas são o ponto alto: inclua no roteiro uma visita ao Museu do ouro e as suas inúmeras igrejas.
Na região de Rio Acima, registros coloniais dividem espaço com mais desessenta cachoeiras. Mas fique atento: muitas dessas quedas d’água ficam em propriedades privadas. Ainda nos arredores, o Muro de Pedras do Curralinho, a Casa de Pedra e a Mina de Ouro do Fundão são passeios imperdíveis.
Quase no fim do caminho está Glaura, cidade criada no auge da era do ouro. Localizada entre Ouro Preto e São João Del Rey, a pequena vila era refúgio da elite mineira da época.

Estrada Real: Caminho dos Diamantes
A descoberta de pedras preciosas em Minas Gerais deu origem a essa rota que liga as cidades de Ouro Preto e Diamantina. Conheça alguns destaques do caminho
Nos 350 quilômetros que separam Diamantina de Ouro Preto, cinquenta cidades contam um pouco da história do Brasil colonial. O caminho, aberto por bandeirantes em busca de pedras preciosas, foi oficializado pela coroa portuguesa no século 18. Atualmente, o relevo acidentado da estrada atrai turistas em busca de adrenalina e aventura.
O Pico do Itambé, em Serro, faz parte do roteiro
Entre as atrações do Caminho dos Diamantes está o Parque Nacional da Serra do Cipó, um dos destinos de ecoturismo mais famosos do País. Repleto de cachoeiras e serras, o local é muito procurado para a prática de esportes radicais, como rafting, canoagem e escaladas.
Em Itaponhaganca, vilarejo do século 18, não deixe de ver as igrejasconstruídas no apogeu da exploração do ouro na região. Mesmo sem toda a exuberância daquela época, as construções ainda possuem impressionantes painéis do estilo rococó.
Criada em 1702, Conceição do Mato Dentro tem como principal atrativo oturismo religioso, com as igrejas Matriz, do Matozinhos e do Rosário. O município também tem atrações naturais, como a Cachoeira do Tabuleiro, que é a maior do estado e fica a 19 quilômetros do centro da cidade.
Outro ponto de parada obrigatória é o povoado de Biribiri, em Diamantina. Conhecido como "cidade fantasma", o local perdeu a maior parte dos seus 1.200 moradores com a saída da Companhia Industrial de Estamparia, nos anos 1970. Hoje, apenas seis pessoas ainda resistem por lá.
Próximo à cidade de Cocais, encontra-se o Sítio Arqueológico da Pedra Pintada, que tem pinturas rupestres de 6 mil anos atrás. Em Bom Jesus do Amparo, o viajante encontra a única estátua de Jesus Cristo quando criança existente no Brasil
Durante a viagem, não deixe de provar o queijo produzido artesanalmente na cidade de Serro, tombado como primeiro Bem Imaterial de Minas Gerais.
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